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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

12 coisas que adoro fazer com você

Você acha que ninguém percebe as mudanças em você quando você ta apaixonado? Você acha que seus amigos não vêem que você está diferente e indo pra lugares um pouco incomuns? Você acha que ninguém nota que você mudou um pouco sua rotina em nome dele/dela? É, meus amigos, isso acontece com vocês todos. E já aconteceu comigo, é claro.
Geralmente, a mudança começa bem antes do relacionamento começar. Na fase em que vocês se conhecem, começam a conversar mais. Eu realmente nunca tinha me tocado, até parar pra pensar direitinho. Poderiamos até tentar colocar em fases os acontecimentos, pra ver se aconteceu com você, com alguém que você conhece ou se nunca viu nada igual. Vamos tentar.
1º fase – “Nunca tentei, mas porque faltou oportunidade”
Essa frase vai fazer você se arrepender. Porque, no fundo, você sabe que não fez alguma coisa diferente porque realmente não era a fim, não teve vontade. Um exemplo clássico disso é o do cara, que era o completo sedentário (alguns até chamavam de NERD, mas é intriga da oposição) que, ao começar a se envolver com uma menina linda, achou que não teria problema encarar uma trilha a pé. Seria romântico, seria saudável e ajudaria ele a se conectar com ela. E foi, com um tênis que não era completamente apropriado (sabe como é, o cara NUNCA fez) e acabou, entre outras coisas, com bolhas no pé e alguns machucados após escorregar duas vezes por lá.
Ok, não ia assumir, mas esse babaca da pequena história foi eu. Sigamos em frente.
Se você nunca fez algo porque nunca teve vontade, não se iluda achando que é só porque faltou oportunidade. Algumas pessoas não nasceram pra algumas coisas e você deve, de fato, conviver com isso. Eu não nasci pra ser o tipo esportista-natural e tive que aprender de um jeito ruim, não cometa o mesmo erro que eu e evite hematomas indesejados.
2º fase – “Aquilo vira um hábito novo e as pessoas logo notam”
Ok, não contente em ter novos hematomas, eu achei que deveria realmente tentar, pelo menos mais uma vez. Já que da primeira eu não tava corretamente “equipado”, nessa segunda oportunidade eu deveria mesmo procurar orientações com alguém que pudesse me ajudar. No meu caso, o google. Com o tênis certo e as roupas adequadas, a coisa melhorou. Minha saúde, porém, não era tão fã dessas aventuras e na volta disso eu tive que ficar mais 2 dias de molho, amigos. Ser esportista depois de tanto tempo não é fácil, né?
E meus amigos, aqueles do buteco, de final de semana, notaram isso. E obviamente, estranharam isso. Afinal de contas, eu que era apenas um ás do bilhar estava fazendo trilha agora? Cadê o Rafael que as pessoas conheciam?
Não mencionarei sobre os amigos da internet, pois esses sim passaram a estranhar e zuar sem precedentes. Mas eu tava disposto a fazer isso, porque definitivamente valia a pena.
3º fase – “Você percebe que não é bem isso que você quer pra sua vida”
Eu sou um cara simples de agradar, geralmente cerveja, churrasco, amigos e um filme legal são o suficiente. E definitivamente, eu não sou um cara aventureiro, por natureza. E definitivamente, trilha a pé não é pra mim, infelizmente. E claro que uma hora eu ia notar isso, né? Meus amigos, antes de mim, já sabiam e alertavam. Mas ela valia totalmente a pena. E eu tentei, né.
O fato agora era: Como eu vou dizer que odeio tudo isso, sem parecer um louco que por algumas vezes foi entusiasta das trilhas e sorria (de forma pouco sincera, ok) ao final de cada desafio? É complicado você dizer “Olha, não sou assim, eu quis muito ser porque você vale totalmente a pena, mas não dá pra mim mais” e continuar com a imagem sem arranhões. Não vai rolar.
Então, antes de continuar, você que chegou até aqui, pense bem: vale a pena você “mudar” (porque, no final das contas, ela te conheceu sendo “assim”) depois que a coisa começa a ficar pesada? Pense nisso quando falar que gosta de samba, falar que é o rei da internet, dizer que adora conversar com ela sobre todos os problemas das amigas dela ou coisas das quais você pode se arrepender amanhã.
4º fase – “Não da mais pra mim, vou desistir”
Essa história não tem um fim. Agora que chegamos aqui, pense no seguinte: Valeria mesmo a pena bancar a idéia de que você é alguém que na realidade não é só pra conquistar alguém? No final das contas, vale sempre mais a pena você mostrar quem é você, o que você faz, o que você gosta. E se surgirem grandes diferenças, deixe claro que você pode até tentar fazer trilha ou ir num ensaio de escola de samba, o que seja, mas que não garante que vai mesmo gostar disso tudo um dia.
A coisa mais importante ao começar um relacionamento é a liberdade, você poder flertar com os gostos da pessoa sem precisar ficar preso a eles. Você pode topar ir num samba, uma vez ou outra. Você pode ir fazer uma trilha, ou quem sabe até assistir uma das lutas do UFC, mas não se prenda a essas coisas. Deixe claro que, sim, você gosta da pessoa, você quer agradar ela, mas você não é AQUILO, sabe?
Afinal de contas, nos relacionamos para agregar coisas novas as nossas vidas, e não para nos prendermos em conceitos que a gente nem acredita, no fundo. Se não for pra somar, que não seja pra diminuir ou dividir ou atrapalhar. Seja você, simples assim.

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