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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mitos sobre o amor: Parte I

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Homens e mulheres passam a  vida pensando que sabem muito sobre relacionamentos. Mas e quando conceitos consagrados sobre a relação homem/ mulher são desmentidos por pesquisas científicas?
Pesquisas acadêmicas sobre um dos mais estudados sentimentos da humanidade derrubaram esses conceitos, deixando cada vez mais clara a dificuldade de se entender o amor.
Compreender os mecanismos que guiam esse sentimento é difícil, mas quem sabe fique um pouquinho mais fácil se deletarmos da nossa cabeça esses mitos, nos quais tanto acreditamos.



1. Homens dão mais valor à parte física das mulheres e as mulheres ao status social dos homens.

O primeiro mito foi desmentido por um estudo da Universidade de Northwestern's Weinberg, nos Estados Unidos. Por incrível que pareça, o estudo mostra uma realidade bem diferente.
A pesquisa envolveu o acompanhamento de 163 jovens durante 30 dias, e pasmem: na prática, homens e mulheres agem de maneira idêntica na na hora da conquista. Difícil de acreditar, né?
Segundo o professoe Eli Finkel, um dos acutores do estudo, "a beleza é a característica mais desejada, tanto para homens, quanto para mulheres". Isso acontece porque "o primeiro canal de comunicação é sempre o da aparência física", segundo a psicóloga Lídia Weber.
E a questão do status social? Bom, esta continua presente, tanto para homens, quanto para mulheres. Ela fica em segundo plano.
Após esses dois quesitos, existem algumas camadas secundárias de avalição, nas quais o critério de selação para homens e mulheres são praticamente iguais. Nesse sentido, o mito de que as mulheres seriam mais seletivas também cai por terrra.

2. Relações proibidas são mais empolgantes

Segundo uma pesquisa da Universidade de Geórgia (EUA) feita em 2005, o frio na barriga de uma relação proibida não dura por muito tempo.
Os relacionamentos de fifícil manutenção parecem perigosamente interessantes no começo, mas com o tempo, manter o segredo é mais estressante e trabalhoso do que divertido.
O estudo também revela que esse  tipo de situação acontece porque os casais se submetem a esse tipo de relação não querem contar aos amigos e família sobre o relacionamento, e não porque tenham atração pelo segredo.
Segundo Sônia Eva Tucherman, da Sociedade Brasileira de Psiquiatria do Rio de Janeiro, "as desvantagens a pessoa só vai perceber depois. A paixão é um processo irracional. Se a gente fosse absolutamente racional, não se apaixonaria nunca."
Ao apaixonar-se o indivíduo pode procurar inconscientemente características das quias precisa, por isso a famosa frase "os opostos se atraem", mas desde o primeiro momento essa diferença pode gerar stress, o que não precisa ser necessariamente ruim, se o casal tiver forma pra passar por esse momento e amadurecer a relação.
"À medida que você vai entrando em contato com o ser amado, passa a vê-lo por inteiro. É nessa hora que perde a graça e muitas paixões acabam, como se tivessem caído do 50° andar de um prédio", diz a psiquiatra Sônia.
Homens e mulheres passam a vida tendo dúvidas não respondidas sobre o amor. É aquela velha história dos sexos opostos, onde ninguém se entende. Mesmo assim, existem questões muito bem respondidas nas nossas cabeças, nas quais realmente acreditamos.
Relação com mulheres feministas é mais difícil? O romance e a paixão desaparecem com o tempo? O fim de um relacionamento é ainda mais difícil para quem está apaixonado? O convívio antes do casamento prepara o casal para a vida conjugal?
Se respondeu sim para alguma dessas perguntas, devo dizer... Você está completamente errada!
Pesquisas científicas desvendaram esses mitos sobre o amor, desmentindo velhas questões nas quais muita gente acreditava!


Relação com mulheres feministas é mais difícil;

O rompimento dessa crença começa no estereotipo da mulher feminista: a mulher solteira, feia, excessivamente combativa e incapaz de manter um relacionamento romântico. Nada disso é verdade.
Psicólogos da Universidade de Rutgers, nos EUA derrubaram esse clichê e provaram que as relações com mulheres feministas são mais tranquilas do que com as outras mulheres.
Foram avaliadas a combinação de qualidade na relação, equidade de gênios, estabilidade e satisfação sexual.
De maneira geral, elas são mais seguras, mantém uma vida sexual mais satisfatória e seus relacionamentos tem menos altos e baixos, sendo suas relações inclusive mais românticas.

O romance e a paixão desaparecem com o tempo;

A evolução da paixão para o amor maduro não precisa vir acompanhada e um esfriamento da relação conjugal.
Arthur Aron e Bianca Azevedo, na Universidade da Califórnia (EUA) analisaram 27 estudos que envolveram mais de 6 mil entrevistados. Eles perceberam que existe um meio termo entre a paixão arrebatadora e marasmo conjugal. Esse sentimento foi batizado por eles de amor romântico, e requer esforço pra ser construído, mas pode ser mantido por tempo indeterminado.

O fim de um relacionamento é ainda mais difícil para quem está apaixonado;

Quem ama sofre mais com o fim do relacionamento, certo? Errado. Essa foi uma das conclusões de Eli Finkel, co-autor do estudo da Universidade de Northwestern's Weinberg (EUA), que avaliou o grau de sofrimento esperado e real de casais em processo de separação.
Em seus estudos, o parceiro que se imaginava que mais ia sofrer, de modo geral, foi o que superou mais rápido o término.
A antropóloga Telma Amaral, da Universidade Federal do Pará acredita que a expectativa de uma dor insuportável pode ajudar a amenizar a angústia real.

O convívio antes do casamento prepara o casal para a vida conjugal.

Morar junto para testar o relacionamento pode não ser o cainho certo para a felicidade.
De acordo com o estudo da universidade de Denver (EUA), conduzido por Galena Rhoades, Scott Stanley e Howard Markman, casais que dividem o mesmo teto antes de oficializarem a relação têm mais chances de se divorciar e registram uma percepção de relacionamento menos satisfatória do que os que esperam pelo grande dia. De acordo com o estudo, casais que passam a morar junto sem um comprometimento mais enfático com o casamento podem continuar a relação por comodismo.
Outro problema encontrado é que casais que precisam "testar" a relação em geral já sabem ter algum problema que pode detonar a relação por um tempo.
Fonte: Revista Istoé

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E não é que eu achava tudo ao contrário?

Leia a parte I desse artigo, onde são discutidos os seguintes tópicos: Homens dão mais valor à parte física das mulheres e as mulheres ao status social dos homens e Relações proibidas são mais empolgantes.

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